Corria o ano de 2011 e, como na altura era jovem, acedi ao desafio de viajar até Madrid para as JMJ desse ano. Não sabia bem de que estava à espera...
O que encontrei foi uma celebração da Fé que nos une, uma festa que se estendia por toda a cidade e que contagiava todos os que lá estavam. Os pequenos grupos que lá chegavam tornaram-se num grande grupo, fazendo festa pela cidade fora, tratando completos estranhos como amigos de longa data. E, embora nada fosse perfeito, todas as falhas eram rapidamente preenchidas. Um momento de espera, fosse pelo próximo metro (porque este já estava cheio e a plataforma também) ou na imensa fila do restaurante, rapidamente se tornava numa conversa ou cantoria. Passado algum tempo já nem se sabia porque é que 10 minutos antes estávamos aborrecidos. Tudo estava revestido por um sentimento de conforto, derivado de estarmos todos lá pelo mesmo motivo.
Há alturas da nossa vida em que sentimos que a nossa Fé nos torna diferentes dos outros. Nos grupos de amigos fora da nossa comunidade, por vezes sentimo-nos o estranho. Mas nas JMJ percebe-se que não somos assim tão estranhos. Somos parte de um grupo, esse grupo parte de uma comunidade, e essa comunidade parte de uma Comunidade que se espalha por todo o mundo.
Às vezes é no meio da multidão que nos conseguimos encontrar a nós próprios. E as Jornadas são uma ótima oportunidade para isso.